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A confirmação da aliança entre o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), sela a união entre dois adversários políticos históricos e uma guinada do PT em direção ao centro em âmbito nacional, que terá impacto nas composições estaduais. Em Santa Catarina, a frente ampla de centro-esquerda, que conta com oito partidos, deve definir os pré-candidatos ao Governo do Estado na semana que vem.
Se for reeditada a aliança nacional, com uma composição entre PT e PSB, o senador Dario Berger (PSB) e o ex-deputado federal Décio Lima (PT) devem dividir a majoritária. Ambos se apresentam como pré-candidatos ao governo, mas com perfis distintos. O entendimento é que Dario, recém-chegado ao PSB com a bênção de Alckmin, atrairia um eleitor com perfil mais conservador e que resiste em votar no PT. Nessa construção, Décio faria a conexão com a esquerda.
Outra hipótese considera o perfil de Décio Lima e sua proximidade com o ex-presidente Lula o principal ativo para viabilizar a chapa. Para uma ala da frente ampla, Décio é o candidato que conseguiria manter a unidade entre as legendas de centro-esquerda. Foi ele quem construiu a composição ao longo de conversas nos últimos anos, e conseguiu reunir no mesmo projeto PT, PDT, PSB, PSOL, PV, PCdoB, Rede Sustentabilidade e Solidariedade. Outra consideração feita por esse grupo é de que a melhor forma de captar os votos do presidente Lula para a eleição estadual seria usar 13 nas urnas.
Nesse caso, Décio poderia ter como vice um quadro indicado pelos demais partidos da frente - como, por exemplo, Gelson Merísio (Solidariedade).
A terceira alternativa é uma construção entre PT e PDT, que contraria o cenário nacional. Para os defensores dessa hipótese, trazer os dois partidos juntos na chapa estadual ajudaria a atrair tanto os eleitores de Lula quanto os de Ciro Gomes em SC. Nesse caso, Décio Lima lideraria o projeto ao lado de um vice pedetista - como Jorge Boeira, recém-chegado ao PDT em SC.
No PT, a decisão final sobre a formação da chapa será de Lula, que nesta semana se reunirá com o Grupo de Trabalho que analisou o cenário em todos os estados no país. Nos bastidores, há uma indicação de que ele estaria inclinado a apostar em projetos com o PT na cabeça de chapa nos estados com maior presença do bolsonarismo – caso de SC. Seria uma forma de garantir, localmente, resposta às críticas dos adversários à candidatura nacional.
Mas há também a possibilidade de que o PT opte por uma uma composição mais pragmática, seguindo o modelo dos agora “companheiros” Lula e Alckmin, e mirando para o centro. Nesse caso, o partido abrirá mão de encabeçar a chapa em SC.
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