Uma pesquisa, publicada na terça-feira (9), trouxe dados sobre como está a qualidade de vida e o desenvolvimento dos 100 maiores municípios brasileiros. O estudo tem como base dados de 2019 e conta com três catarinenses na lista.
O estudo Desafios da Gestão Municipal tem como base o IDGM (Índice dos Desafios da Gestão Municipal), um indicador que mede 15 quesitos em quatro áreas essenciais para a qualidade de vida da população: educação, saúde, segurança e saneamento e sustentabilidade.
Cada um reúne informações, como taxa de homicídios, matrículas em escolas, mortalidade infantil, que recebe uma pontuação. Ao fim, esse número é somado e dividido para gerar o índice entre as cidades
A cidade de Maringá, no Paraná, foi a que teve o melhor desempenho. Com pontuação de 0,675, ela pulou da quarta posição, na análise de 2020, para o primeiro lugar neste ano.
Em seguida, vem os municípios de Jundiaí, São José do Rio Preto, Piracicaba e São José dos Campos, todos do estado de São Paulo.

Ranking mostra os melhores municípios para se viver no país – Foto: IDGM/Divulgação
Santa Catarina aparece na lista com três representantes: Florianópolis, em 21º, Joinville, em 29º, e Blumenau, em 34º. Em relação as capitais, a ilha de Santa Catarina aparece em 5º lugar, enquanto Curitiba é a melhor ranqueada.

Entre as capitais, Curitiba é a que apresenta o melhor desempenho – Foto: IDGM/Divulgação
Na saúde, Florianópolis tem o melhor desempenho
Se levar em conta apenas o quesito saúde, Florianópolis aparece com a melhor pontuação entre os 100 municípios: 0,74. Em seguida, estão as cidades de Vitória, Curitiba, Palmas e, empatados em quinto lugar, Joinville, Maringá e Montes Claros.
Nos demais índices, nenhum município catarinense aparece entre os cinco melhores posicionados.

Na saúde, Florianópolis é a cidade com melhor desempenho – Foto: Flávio Tin/ND
Veja o desempenho dos catarinenses:
Florianópolis – 0,633
A capital catarinense está na 21º melhor posição entre os 100 maiores municípios, com pontuação de 0,633. Em relação ao ano passado, a cidade ganhou duas posições. Já se comparada com a última década, ela caiu 9.
Nas quatro áreas analisadas, seu melhor desempenho foi na saúde onde conquistou o primeiro lugar. Nas demais, o resultado foi: segurança em 19º, Educação em 39º e 56º em saneamento e sustentabilidade.
- Educação – 0,604
- Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – Ensino Fundamental I: 5,7;
- Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – Ensino Fundamental II: 4,5;
- Crianças de 0 a 3 anos matriculadas em creche: Razão entre matrículas em creche e crianças em 2019, 52,7%;
- Crianças de 4 a 5 anos matriculadas na pré-escola: Razão entre matrículas em pré-escola e crianças em 2019, 100%.
- Saneamento – 0,795
- Coleta de resíduos domiciliares: 100,00% da cobertura;
- Abastecimento de água: 100%;
- Atendimento de esgoto: 64,8%;
- Tratamento de esgoto: 45,5%;
- Índice de perda de água: 28,0%.
- Saúde – 0,74
- Taxa de mortalidade infantil (por 100 mil habitantes): 5,4, sendo 57,6% por causas evitáveis;
- Proporção de nascidos vivos com sete ou mais consultas pré-natal: 78,0%;
- Cobertura das equipes de atenção básica: 91,7%;
- Taxa de mortalidade prematura por Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT): 249,6 (por 100 mil habitantes).
- Segurança – 0,882
- Homicídios: 10,2 (taxa de homicídios por 100 mil habitantes);
- Óbitos no trânsito: 9,0 (taxa de óbitos no trânsito por 100 mil habitantes).
Cidade do Norte catarinense aparece em 29º posição no ranking – Foto: Carlos Jr./ND Joinville – 0,584
Na lista, Joinville aparece na 29º posição na média geral, sendo a segunda melhor cidade de Santa Catarina, atrás apenas de Florianópolis (21º), com 0,584. Segundo o estudo, o município ganhou sete posições em relação ao ano passado e cinco na última década.
O melhor desempenho da cidade foi na área da saúde, onde está em 5º lugar. Nos demais quesitos, a posição é: 10º em educação, 36º em segurança e 82º em saneamento e sustentabilidade. Os dados analisados são de 2019.
- Educação – 0,667
- Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – Ensino Fundamental I: 7,0;
- Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – Ensino Fundamental II: 5,8;
- Crianças de 0 a 3 anos matriculadas em creche: Razão entre matrículas em creche e crianças em 2019, 42,7%;
- Crianças de 4 a 5 anos matriculadas na pré-escola: Razão entre matrículas em pré-escola e crianças em 2019, 100%.
- Saneamento – 0,632
- Coleta de resíduos domiciliares: 100,00% da cobertura;
- Abastecimento de água: 99,7%;
- Atendimento de esgoto: 37,9%;
- Tratamento de esgoto: 25,9%;
- Índice de perda de água: 44,9%.
- Saúde – 0,689
- Taxa de mortalidade infantil (por 100 mil habitantes): 7,5, sendo 66,1% por causas evitáveis;
- Proporção de nascidos vivos com sete ou mais consultas pré-natal: 81,7%;
- Cobertura das equipes de atenção básica: 78,8%;
- Taxa de mortalidade prematura por Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT): 284,5 (por 100 mil habitantes).
- Segurança – 0,847
- Homicídios: 14,1 (taxa de homicídios por 100 mil habitantes);
- Óbitos no trânsito: 10,5 (taxa de óbitos no trânsito por 100 mil habitantes).
Blumenau perdeu dez posições em relação ao estudo do ano passado – Foto: Prefeitura Municipal de Blumenau/Divulgação Blumenau – 0,59
Blumenau foi o único município catarinense que teve piora no desempenho do ranking do IDGM. Em relação ao ano passado, a cidade do Vale do Itajaí caiu dez posições e seis posições na década.
Entre as áreas analisadas, a melhor posição da cidade foi na saúde, em 13º. Nas demais, ela ficou em 16º na educação, 41º em segurança e em 76º no saneamento e sustentabilidade.
- Educação – 0,643
- Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – Ensino Fundamental I: 6,2;
- Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – Ensino Fundamental II: 4,9;
- Crianças de 0 a 3 anos matriculadas em creche: Razão entre matrículas em creche e crianças em 2019, 58,5%;
- Crianças de 4 a 5 anos matriculadas na pré-escola: Razão entre matrículas em pré-escola e crianças em 2019, 100%.
- Saneamento – 0,681
- Coleta de resíduos domiciliares: 97,0% da cobertura;
- Abastecimento de água: 99,9%;
- Atendimento de esgoto: 42,0%;
- Tratamento de esgoto: 33,1%;
- Índice de perda de água: 16,4%.
- Saúde – 0,667
- Taxa de mortalidade infantil (por 100 mil habitantes): 12,0, sendo 66% por causas evitáveis;
- Proporção de nascidos vivos com sete ou mais consultas pré-natal: 79,2%;
- Cobertura das equipes de atenção básica: 96,2%;
- Taxa de mortalidade prematura por Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT): 236,2 (por 100 mil habitantes).
- Segurança – 0,83
- Homicídios: 9,8 (taxa de homicídios por 100 mil habitantes);
- Óbitos no trânsito: 19,3 (taxa de óbitos no trânsito por 100 mil habitantes).
Veja o ranking completo:
Veja o ranking completo das melhores cidades para se viver – Foto: IDGM/Divulgação Você viu na SC News!
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